sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A CATEDRAL E O MONSENHOR

A Catedral se São Sebastião da Diocese de Leopoldina é uma das mais bonitas da Zona da Mata. Vale a pena admirar suas linhas arquitetônicas. Quando vejo uma foto deste monumental templo religioso, a figura do saudoso Monsenhor Naves, cantando e tocando órgão, me vem à cabeça como uma recordação que jamais esquecerei.

anibal.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

MENSAGEM AOS EX-SEMINARISTAS [Cordeirojorge & Eduardo Henriques]




A GENTE  ÀS VEZES JÁ NÃO PODE E NEM CONSEGUE SER A GENTE
Pois é, pessoal, o nosso Encontro desse ano não conseguimos realizar. Fica uma ponta de frustração e um vazio.
A gente, não mais consegue ser a gente. O tempo passou, nossos caminhos foram longos e fortuitos.
A velhice nos torna dependentes de nós mesmos e de nossos amigos, familiares e de nossas vidas que construímos durante esse longo tempo. Não conseguimos mais ter uma vida própria, nem que seja por um dia ou dois.
Os compromissos se avolumam através de nossa própria consciência ou inconsciência e chegamos aonde estamos, e o presente se adianta e nos convoca a preterir um passado. Passado esse que se perde à medida que nos esquecemos verdadeiramente dele.
Alie-se a isso nossa própria fragilidade física e emocional. Doenças nossas, de nossos familiares e amigos que nos impedem de estarmos presentes. E ainda o casamento da filha de nosso sobrinho, o batizado do filho do amigo do filho... E isso nos prende a esse elo do qual não podemos nos desvencilhar nem que seja por um dia ou dois por ano.
Mas o Seminário está lá. Incólume. Mesmo se o nosso refeitório, camas e corredor já não mais existissem. Mas ainda existem. E nos chama sempre ao recôndito de suas lembranças. Onde passávamos alegres para a capela pra oração da manhã ou do último recreio após o jantar e recolhermos às nossas caminhas com o armário do lado. Tudo está lá, mesmo se não estivesse fisicamente.
Hoje não temos tempo prá nós mesmos e as lembranças são quimeras. Muitos de nós, que não compareceram em nenhum dos encontros, parecem preferir que fique assim, uma foto não tirada que permanecerá eternamente pendurada na sala de nosso coração. Uma sala vazia, povoada somente com nossos olhos.
Respeitamos e compreendemos, mas lamentamos.
Padre Chamel na altura de seus oitenta e tantos anos, com todos seus compromissos e pseuda-fragilidade esperou todos esses anos para que reunisse seus meninos e tudo que propusemos de data, de trabalho, de local,   de organização do encontro foi o mais entusiasta e sempre arranja um tempo para ver e estar com os seus meninos.
Onde foi parar nossa vontade própria ou a falta dela?
Como disse, é tudo muito natural e compreensível; que as intempéries da vida nos impeça de estarmos presentes. Cada um, TENHO A CERTEZA, gostaria de estar lá, ou aqui, ou em qualquer lugar onde estivéssemos todos.
Me veio à mente uma canção do Chico Buarque)RODA VIVA) que talvez resuma em versos tudo isso que eu disse aí em cima.

Cordeirojorge.

Roda Viva
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu

A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir

Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá
A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou

A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a viola pra lá
O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou

No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

Ano que vem, se o mundo não estancar de repente
Se nosso destino não for carregado prá lá
Se nosso barco resistir à corrente
Se nossa roseira não for desfolhada
Se nos deixarem fazer a serenata
Se não calarem a nossa viola
Se a brisa primeira não levar nossa ilusão
Estaremos o ano que vem tentando de novo
Nos reunirmos de coração e presença para
Mais um Grande Encontro
Abraços a todos
                                                     Eduardo Henriques


terça-feira, 4 de novembro de 2014

"A ELITE BRASILEIRA NÃO ACEITA A INCLUSÃO SOCIAL, TOLERA!” [Martinho Condini]

Artigo enviado por Antônio Carlos Roxo da Motta:

"A ELITE BRASILEIRA NÃO ACEITA A INCLUSÃO SOCIAL, TOLERA!”

[Martinho Condini]

Apesar da Casa-Grande de Gilberto Freire ter sido construída em 1933, ela continua com seus alicerces firmes, principalmente no sudeste e sul do nosso Brasil. As vésperas da abolição da escravatura, muitas pessoas não se conformavam com a possibilidade dos negros escravos ficarem livres e poderem viver como todos os outros brasileiros brancos.
Era difícil para a elite brasileira entender que todo ser humano tem o direito de ser livre,
constituir sua família, ter sua moradia (e não a senzala), trabalhar como um cidadão livre e cumprir com seus deveres e desfrutar dos seus direitos sociais.
Mas mesmo assim, a sociedade escravagista brasileira resistiu até onde pode para a manutenção da escravidão (foram mais de trezentos anos), fomos o último país da América a libertar os escravos.
A história nos mostra que a resistência incansável dos negros, desde o século XVI e o movimento abolicionista a partir do século XIX, conquistaram esse direito a liberdade.
A elite escravagista brasileira para desqualificar todo o processo de luta, estabeleceu que a influência britânica devido aos interesses econômicos e a consciência social e política da princesa Isabel (filha de Dom Pedro II) foram aspectos mais preponderantes para o fim da escravidão no Brasil.
Por muitos anos esse foi o entendimento do processo de libertação dos escravos passado a gerações de brasileiros em nossos bancos escolares. Após 126 anos da abolição da escravatura e muita lutas das classes populares, temos um Brasil livre e democrático, mas com problemas sociais ainda presentes em nossa sociedade.
Mas é verdade que algumas políticas sociais adotadas nos últimos doze anos, fizeram com que classes sociais brasileiras que viviam em condições sub-humanas tivessem mudanças
significativas em suas vidas. Estas pessoas não foram beneficiadas pela assinatura de uma lei que os libertassem da escravidão, mas sim, por processo político voltado para as classes sociais discriminadas e excluídas do nosso país.  As políticas públicas adotas nestes últimos anos possibilitou a milhares de brasileiros resgatar a sua dignidade e a sua cidadania. Sabemos que milhares de famílias, jovens e adultos, se beneficiaram com a criação do ‘Bolsa-Família’, para sair da condição de miseráveis; a criação do projeto ‘Minha Casa Minha Vida’, para realizar o sonho da casa própria e dos projetos Porém, guardada as devidas proporções devido às diferenças de épocas da nossa história, continuamos a ter em nossa sociedade uma visão de que o acesso as boas condições de vida é apenas para uma minoria, uma elite que tem profundas dificuldades para enxergar com bom olhos a ascensão das classes excluídas da
sociedade.
E quantas vezes ouvimos (até mesmo em sala de professores) o ‘educador’ dizer assim: “o que esse aluno da periferia vem fazer na universidade, ele não tem cultura”; ou “precisaria separar a parte boa do país (Sul e Sudeste) da parte ruim (Norte e nordeste)”.
Então, deixo uma pergunta para reflexão, como discutir bolsa família, política de cotas sociais ou raciais ou políticas educacionais para o acesso as universidades, num país em que o modo de produção escravista foi o mais extenso de sua história de quinhentos e quatorze anos?


*Martinho Condini, mestre em Ciências da Religião e doutor em Educação, pela PUCSP. É professor na rede privada no ensino superior nas cidades de Osasco e São Paulo. Apresenta na rádio 9 de Julho de São Paulo o programa ‘Aumenta o volume que lá vem história’. Publicou pela Paulus os livros Dom Helder Camara um modelo de esperança (2008); Helder Camara, um nordestino cidadão do mundo (2011) em parceria com Ilvana Bulla e o DVD Educar para a liberdade Dom Helder Camara e Paulo Freire (2011). Fundamentos para uma educação libertadora Dom Helder Camara e Paulo Freire (2014) Membro do Grupo de Estudos de Comércio Exterior e Relações Internacionais do Unifieo - GECEU.

TUDO DEPENDE DA IGREJA CATÓLICA


A Igreja católica é uma instituição religiosa muito poderosa e, talvez, pelo fato de ser assim, abusa do poder que tem, como por exemplo, o seu procedimento frente aos divorciados, que são proibidos de comungarem, participarem como padrinhos num batismo e por aí vai... o papa Francisco precisa resolver esta situação urgente junto aos cardeais no Consistório, não precisa nem convocar os bispos para um Concílio, por outro lado, a Igreja vem perdendo terreno para com as religiões neo-pentecostais, no Brasil que a vinte anos atrás os católicos eram 90%, e hoje não passam de 75%, alguma coisa precisa ser feita, além do mais temos o problema do celibato, a falta de padres é muito grande, os que estão aí, a maioria está velha, cansada... portanto, a coisa não anda às mil maravilhas para a Igreja e depois estão se esquecendo das palavras do Mestre que disse, Eu vim para cuidar dos enfermos. É isso aí, porque do jeito em que a carruagem anda, vai acabar dando com os burros n'água e, tem mais, a Igreja precisa tomar uma atitude drástica contra a maldita fabricação de armas e obrigar, ou pelo menos, tentar fazer com que os Estados Unidos tirem os seus soldados das terras dos outros, cada povo, tem que resolver os seus problemas, sozinho. 

anibal werneck de freitas.

domingo, 2 de novembro de 2014

"MY WAY" Frank Sinatra (Homenagem ao Professor Hudson - in memoriam)



O nosso saudoso Hudson, professor de inglês, era fan do Frank Sinatra, certa vez estive em sua casa e fiquei abismado de ver a quantidade de discos que ele tinha do cantor estadunidense, sem dúvida ele gostava muito dele, sendo assim, aqui vai a minha humilde homenagem a este mestre que marcou a minha vida e a de todos aqueles que estudaram no Seminário N. S. Aparecida de Leopoldina/MG.

anibal werneck de freitas.

ORATIO AD SANCTO EXPEDITO