segunda-feira, 30 de setembro de 2013

HOTEIS








Amigos seminarista, estamos enviando para a sua avaliação
Endereços, telefones e preços de diárias de dois hotéis
Avaliados por nós em Leopoldina. Aos que optarem por
Ficarem nos hotéis, solicitamos fazer já a sua reserva pois
nesse dia terá um show da Ivete Sangalo em Leopoldina
e os hotéis podem não ter vagas se deixarem para muito perto.
NOTA: SE LEMBREM DO ENCONTRO E ESQUEÇAM A IVETE SANGALO.!!!!!!
Abraços
Eduardo Henriques

1)    HOTEL MINAS TOWER: É o melhor hotel de Leopoldina. Oferece: Apto com banheiro,
2)     tel, frigo-bar,internete, sauna, piscina, garagem, café da manhã muito bom:
Diária solteiro: R$125,50 – Casal sem ar condicionado: R$161,00 / com ar: R$184,00
Endereço:
Av. Getúlio Vargas, 215  Leopoldina - MG, 36700-000
(32) 3401-5000

3)    RITZ HOTEL: Tel, garagem ,café da manhã, ventilador de teto,frigobar
Por enquanto só tem vaga para solteiro: Valor da diária R$80,00
Endereço: R. Pres. Carlos Luz, 328  Centro, Leopoldina - MG, 36700-000
(32) 3441-4141

ATENÇÃO: Na cidade tem outros pequenos hotéis, porém os mais recomendados são esses dois.
AQUELES  que forem dormir no seminários, estaremos fazendo um assepsia nos dormitórios
para minimizar a ação dos pernilongos.

ABRAÇOS A TODOS

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

LUIZ SIMÕES [turma de 1957]

Mais um colega que participará do II Encontro, Luiz Simões, da turma de 1957, é isso aí!


CONVITE II ENCONTRO EX-SEMINARISTAS



Eduardo Henriques



                                       Caros colegas,

                        Estamos ultimando  os preparativos para o nosso 2º Encontro de Ex-Alunos do Seminário Diocesano N. S. Aparecida, em Leopoldina em 12 a 13 de Outubro de 2013.
                   A fim de que tudo possa transcorrer da melhor possível, conforme o programa já enviado para cada um, gostaríamos de solicitar àqueles que forem pernoitar no Seminário, que levem uma fronha, lençol e toalha de banho.
                  Tendo em vista que em Leopoldina nessa época já faz calor, sugerimos àqueles que puderem, levar um pequeno ventilador para a noite
                  Estamos tomando providências para amenizarmos a incidência de pernilongos.
                  Informamos a todos que todas as providências relativas ao bom andamento do Encontro já foram tomadas pela Comissão Organizadora.
         
                  Estamos todos na expectativa de uma grande  confraternização, onde mais uma vez resgataremos os momentos felizes  que lá vivenciamos.
                                                                                                
 A COMISSÃO

convite seminário pronto.jpg

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A IGREJA É COMUNHÃO

A austeridade do Papa no seu quarto é simplesmente acirrada, própria do espírito espartano dos jesuítas. O Papa Francisco não está habituado a dar lições e sim, trocar informações com o seu próximo. O Papa se julga um pecador, mas confia na sua reabilitação pronunciada pela Providência Divina, o Papa aqui, é um membro da Igreja como outro qualquer. Segundo ele [o Papa] escolheu a Ordem dos Jesuítas pelo fato deles se realizarem com a comunidade através da disciplina e da organização. Um jesuíta ser Papa significa estar preocupado com as pequenas coisas onde discernimos a presença de Deus. Através do discernimento desvendamos aos poucos as inovações e assim, sem nenhuma pressa, tomamos decisões certas em relação a elas. O jesuíta tem que ter a mente aberta, colocando Cristo no centro até porque nada está completo, cabendo a nós adaptarmos aos novos tempos sempre buscando soluções. A humildade, o sacrifício e a coragem têm que ser as três colunas básicas para a Igreja praticar o Evangelho de Cristo. Não podemos ser autoritários, devemos acreditar no outro levando uma vida mais voltada para o lado místico. Não devemos tomar decisões sem consultar o outro, afinal, a Igreja é povo e ele tem que ser escutado, também.
O Papa não é infalível sozinho, ele só é na comunhão com os fieis [vox populi, vox Dei], esta é a grande verdade porque, repetindo, temos que ser comunhão! 
Assim como os jovens e os velhos, a Igreja Nova deve se aglutinar com a Igreja Velha para todos se sentirem irmãos. Assim como Bento XVI deixou a Igreja para os mais novos de maneira humilde, os mais fortes deverão sanar as feridas propensas às instituições criadas pelos homens, este reconhecimento foi um ato de bravura que deve ser levado adiante como Francisco vem fazendo.
A Igreja tem que revelar a pessoa isenta de preconceitos, procurando caminhos para que ela mostre o Cristo no seu seio. Voltando ao assunto para reafirmar, a Igreja tem que ser comunhão e perdão, os mandamentos evangélicos. A Igreja tem que ser ecumênica, ou seja, todas as partes unidas e a mulher, em especial,  merece um lugar de destaque e, também, um futuro a ser discutido.
Através da contemplação vemos Deus em tudo, até no silêncio, não precisamos provar sua presença, basta-nos apenas senti-la.
Aquele que se diz estar com a verdade, mente e não está com Deus, porque Deus não é a resposta mas sim, a incerteza que nos leva à bondade, e tem mais, a fé baseada nos dogmas é apenas ideológica porque o que importa é sentir Deus em sua vida.
A palavra otimismo deve ser trocada por esperança, porque é ela que nos move a encontrar o verdadeiro caminho do Evangelho.
As artes, a literatura, o cinema são componentes que devem ser levados em conta para a formação do cristão. Tudo o que está sendo dito aqui é uma compilação da entrevista que Francisco I deu no seu quarto, onde ele deixa claro que as fronteiras na vida são muitas e por isso mesmo devemos viver nelas, só assim estaremos atentos aos perigos que nos ameaçam. Assim, Francisco termina dizendo que os dogmas da Igreja são mutáveis de acordo com as mudanças constantes no mundo de hoje. Por fim, ele declara que a reza é uma forma de perpetuar a memória de Deus em cada um de nós.

Anibal Werneck de Freitas.   

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

SER MINEIRO - Frei Betto



Como todo mineiro é um pouco filósofo, há um mistério sobre o qual medito há anos: o que é ser mineiro?
De reflexões e inflexões que extraí sobre a mineirice - muitas delas colhidas de metafísicas inscrições em rótulos de cachaça e quinquilharias de beira de estrada - eis as conclusões a que cheguei: Mineiro a gente não entende - interpreta. Mineiro não é contra nem a favor; antes, pelo contrário. Aliás, mineiro não fala, proseia. Toca em desgraça, doença e morte e vive como quem se julga eterno. Chega na estação antes de colocarem os trilhos, para não perder o trem. E, na hora em embarque, grita para a mulher, que carrega a sua mala: Corre com os trens que a coisa já chegou! Mineiro, quando viaja, leva de tudo, até água para beber. E um coração carregado de saudades. Relógio de mineiro é enfeite. Pontual para chegar, o mineiro nunca tem hora para sair. A diferença entre o suíço e o mineiro é que o primeiro chega na hora. O mineiro chega antes. O bom mineiro não laça boi com embira, não dá rasteira em pé de vento, não pisa no escuro, não anda no molhado, só acredita em fumaça quando vê fogo, não estica conversas com estranhos, só arrisca quando tem certeza, e não troca um pássaro na mão por dois voando. Ser mineiro é sorrir sem mostrar os dentes, ter a esperteza das serpentes e fingir a simplicidade das pombas, fazer de conta que acredita nas autoridades e conspirar contra o governo. Mineiro foge da luz do sol por suspeitar da própria sombra, vive entre montanhas e sonha com o mar, viaja mundo para comer, do outro lado do planeta, um tutu de feijão com couve picada. Mineiro sai de Minas sem que Minas saia dele. Fica uma saudade forte,
funda, farta e fértil. Enquanto outros não conseguem, mineiro num dá conta. Nem paquera, espia.. Não
arruma briga, caça confusão. E mineira não se perfuma, fica cheirosa. Ser mineiro é venerar o passado como relíquia e falar do futuro como utopia, curtir saudade na cachaça e paixão em serenatas, dormir com um olho fechado e outro aberto, suscitar intrigas com tranquilidade de espírito, acender vela à santa e, por via das dúvidas, não conjurar o diabo. Mineiro fala de política como se só ele entendesse do assunto, faz
oposição sem granjear inimigos, gera filhos para virar compadre de político. Ser mineiro é fazer a pergunta já sabendo a resposta, ter orgulho de ser humilde, bancar a raposa e ainda insistir em tomar conta do galinheiro. Cabeça-dura, o mineiro tem o coração mole. Acredita mais no fascínio da simpatia que no poder das idéias. Fala manso para quebrar as resistências do adversário. Mineiro é isso, sô! Come as sílabas para não morrer pela boca. Faz economia de palavras para não gastar saliva. Fala manso para quebrar as resistências do interlocutor. Sonega letras para economizar palavras. De vossa mercê, passa pra vossemecê, vossência, vosmecê, você, ocê, cê e, num demora muito, usará só o acento circunflexo! Mineiro fala um dialeto que só outro mineiro entende, como aquele sujeito que, à beira do fogão de lenha, ensinava o outro a fazer café. Fervida a água, o aprendiz indagou: Pó pô pó? E o outro respondeu: Pó pô, pô. Ser mineiro é comer goiabada de Ponte Nova, doce de leite de Viçosa, queijo do Serro, requeijão de Teófilo Otoni e linguiça de Formiga, tudo regado a pinga de Salinas. É cozinhar em fogão de lenha com panela de pedra sabão. Ser mineiro é acreditar mais no fascínio da simpatia que no poder das ideias. É navegar em montanhas e saber criar bois, filhos e versos. Praia de mineiro é barzinho e, sua sala de visitas, balcão de armazém e cerca de curral. Ali a língua rola solta na conversa mole, como se o tempo fosse eterno. Certo mesmo é que o momento é terno. Mineiro vai a enterro para conferir quem continua vivo. Nunca sabe o que
dizer aos parentes do falecido, mas fica horas na fila de cumprimentos para marcar presença. Não manda flores porque desconfia que a flora embolsa a grana e não cumpre o trato. Mineiro só elogia quando o outro virou defunto. E fala mal de vivo convencido de que está fazendo o bem. Ser mineiro é esbanjar tolerância para mendigar afeto, proferir definições sem se definir, contar casos sem falar de si próprio, fazer perguntas já sabendo as respostas. Mineiro é feito pedra preciosa: visto sem atenção não revela o valor que tem, pois esconde o jogo para ganhar a partida e acredita que a fruta do vizinho é sempre mais gostosa. Pacífico, mineiro dá um boi para não entrar na briga e a boiada para continuar de fora. Mas, se pisam no calo do mineiro, ele conjura, te esconjura, jurado e juramentado no sangue de Tiradentes. Mineiro é como angu, só fica no ponto quando se mexe com ele. Em Minas, o juiz é de fora, o mar é de Espanha, os montes são claros, a flor é viçosa, a ponte é nova, o ouro é preto, é belo o horizonte, o pouso é alegre, as dores são de indaiá e os poços de caldas. Minas Gerais é muitas, como disse Guimarães Rosa. É fogão de lenha e comida preparada em panela de pedra sabão; turmalina e esmeralda; tropa de burro e rios indolentes chorando a caminho do mar; sino de igreja e tropeiros mourejando gado sob a tarde incendiada pelo hálito da noite. Minas é Mantiqueira e serrado, Aleijadinho e Amílcar de Castro, Drummond e Milton Nascimento, pão de queijo e broa de fubá. Minas é uma mulher de ancas firmes e seios fartos, sensual nas curvas, dócil no trato, barroca no estilo e envolta em brocados, ostentando camafeus. Minas é saborosamente mágica.
Ave, Minas! Batizada Gerais, és uma terra muito singular.

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Colaboração: Cesarilda.

ORATIO AD SANCTO EXPEDITO