quarta-feira, 21 de março de 2012

OS DUENDES DA MONTANHA [opereta de Alberto M. Alves]


Aí estou eu [Anibal Werneck de Freitas] como protagonista da opereta, OS DUENDES DA MONTANHA, escrita e composta pelo Alberto M. Alves [Cônego Naves], no ano de 1965. Na peça eu faço o papel de Carlos, um sonhador que vivia feliz na montanha, mas tinha um desejo imenso de conhecer a planície e, como você pode observar nas fotos abaixo, Carlos era sempre tentado por dois duendes, um do bem e o outro do mal e assim, ele acaba conhecendo a planície e se arrepende. Na foto acima, no centro, Carlos, no fundo a partir da esquerda para a direita no papel de seus companheiros, José Venâncio, Delano, (?), Hélio Rezende e Fernando da Cruz Pereira. No momento, Carlos está cantando, DO ALTO DA MONTANHA (Alberto M. Alves) Do alto da montanha aonde eu vivo / Sempre a trabalhar / Eu vejo no horizonte lá distante / O céu, a terra, o mar... / Porém sinto em minh'alma o desespero dos ventos em furor / Que partem as galhadas resistentes /  E espalham terror. / Ventos são fúrias d'alma / Que a vida leva ao léu / Ventos, tristes anseios / Saudades talvez do Céu / Brisas, ventos travessos, / Brincando com o sofrimento / Jogando folhas do outono / Mirradas de desalento.



As fotos mostram os duendes do bem, o de branco [Eduardo Henriques] e o do mal, o de preto, cujo nome não me lembro. Elas foram enviadas para o nosso blog pelo próprio Eduardo Henriques.

Anibal Werneck de Freitas.

FOTOS ENVIADAS PELO MONSENHOR CHAMEL [ex-reitor do seminário]

 Anibal,

Chegaram as fotos do Monsenhor. Chamel. Infelismente três delas já tínhamos no Blog. Ele está mostrando novamente entusiasmo com o encontro em 1º e 2 de setembro. Estará enviando prá nós nos próximos dias mais fotos e ainda endereços de vários colegas que conosco estudaram lá. Na carta ele envia abraços para o Anibal e Armando, a este diz que em breve responde todas as perguntas, já que foram muitas e ele está pesquisando.
Anibinha, não deixe de postar essas além das que eu já lhe mandei do Duendes da Montanha. Vou levar as fotos no SARAU para podermos lembrar de todos que estão nelas. Só consegui lembrar os nome de alguns.
Estou enviando, em anexo, as fotos do Monsenhor Chamel.

Abraços,

Eduardo Henriques.



*As fotos estáo ótimas, só está faltando os nomes dos seminaristas com o Pe. Antonio Chamel usando batina preta.

domingo, 11 de março de 2012

CHAMADA PARA O GRANDE ENCONTRO DOS EX-SEMINARISTAS DA DÉCADA DE 60

O cartaz acima foi elaborado pelo mosso colega ex-seminarista Eduardo Henrique e a ideia do encontro foi do Fernando da Cruz Pereira  [outro ex-seminarista]. O Monsenhor Chamel gostou muito da ideia, tudo está a nosso favor, só depende da gente acreditar.

sexta-feira, 9 de março de 2012

SEMINÁRIO SÃO JOSÉ [Mariana/MG.]



Eis a foto do Seminário São José de Mariana/MG., enviada pelo Armando Sérgio para o nosso blog. Era neste seminário que os alunos do de Leopoldina/MG faziam os estudos finais [filosofia e teologia] para saírem de lá como padres, era o Seminário Maior, eu ainda me lembro que o Pe. Antonio Chamel me incentivou muito a ir pra lá, mas eu não quis, faltou-me a vocação.

Aníbal Werneck de Freitas.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Padre Antonio José Chamel [Dezembro, 2005]



Monsenhor Antonio José Chamel 

é o responsável pela Diocese de Leopoldina/MG 
que se encontra no momento 
sem o seu representante máximo, 
ou seja, o Bispo. Quando padre, Chamel 
foi por muito tempo [1949 a 1964], 
Reitor do Seminário Diocesano N. S. 
Aparecida, que não existe mais.

 

De uma palestra para seminaristas diocesanos, proferida por Pe. Francisco Faus, Doutor em Direito Canônico pela Universidade de Barcelona, extraímos este prólogo:

“No dia da Ascensão, Cristo coloca os Apóstolos - os primeiros instrumentos vivos de Cristo sacerdote - em frente ao mundo, e os lança a ele, dizendo: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado [...] Os discípulos partiram e pregaram por toda a parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.” (Marcos 16, 15-16.20).

Esta é, sobretudo, a vocação dos sacerdotes seculares. Não é a vocação do monge, afastado do mundo, vocação sem dúvida alguma necessária e admirável, mas diversa da nossa. Por isso, é importante que os sacerdotes seculares (e também, neste ponto, os religiosos de vida apostólica e missionária, que trabalham no século) vejamos o mundo − que é o nosso campo − como Cristo o vê, com os olhos de Cristo.”

Temos entre nós alguns desses homens particularmente especiais, lançados por Deus ao mundo, a espreitar e a edificar sobre a terra com os olhos do próprio Cristo. Um deles, sem dúvida, é o nosso muito querido e muito amado pelos leopoldinenses, Padre Antonio José Chamel.

No dia 8 de dezembro de 1956 o primeiro Bispo da Diocese de Leopoldina, o legendário Dom Delfim Ribeiro Guedes, ordenava Sacerdote àquele jovem religioso que viria a ser, hoje, o boníssimo Monsenhor Antonio Chamel.

Padre Chamel, como costuma ser carinhosamente tratado na cidade, é membro de uma família exemplar composta de pai, mãe e cinco filhos. Nasceu no dia 29.01.1934, na cidade de São Geraldo, MG. São seus pais, o Sr. Chamel José e Da. Gurra Habibi José, sendo ele o irmão mais moço do inesquecível mestre em História (do antigo Colégio Leopoldinense), escritor, historiador e membro da Academia Mineira de Letras, Professor Oíliam José. Conta, ainda, o Padre Chamel, os irmãos Miguel, Judith e Júlia.

Criado em família muito católica, vieram de sua mãe e de seus irmãos os primeiros exemplos de vida religiosa, recebidos. Era hábito da família rezar o terço de Nossa Senhora todas as noites e, um dos marcos mais importantes de sua existência – ele afirma – foi a Primeira Comunhão, momento a partir do qual passou a comungar todos os dias, acompanhado de sua mãe, que tinha o hábito da comunhão diária.

O Curso Primário ele o fez em Visconde do Rio Branco e, com apenas onze anos de idade, iniciou seus estudos no Seminário Menor de Mariana. Naquele Seminário cursou o ginasial e o segundo grau. Também no Seminário Maior de Mariana, cursou Filosofia e Teologia ao longo dos seis anos.

O nosso querido Padre Chamel está em Leopoldina desde 09 de março de 1957 e aqui sempre residiu desde o ato de sua ordenação. Já em 1957, em seu primeiro ano de sacerdócio, iniciou sua carreira de educador, no Seminário Menor Nossa Senhora Aparecida, que funcionava no atual prédio do Centro Pastoral Dom Reis. Em março de 1967 passou a também lecionar na Escola Estadual Professor Botelho Reis, educandário em cujo corpo docente permaneceu até o final do ano de 1991, quando aposentou-se do magistério.

Conta o Padre Chamel 49 anos de exercício constante do sacerdócio, atendendo por vários anos a Paróquia de Piacatuba, à qual está ligado há 30 anos, trabalhando na Igreja sede e nas quatro capelas filiais.
Como capelão do Asilo Santo Antonio, de Leopoldina, ali celebra missas há 27 anos.

O Padre Chamel ama esta nossa Leopoldina, que também é muito dele – e não apenas de coração – porque desde 09 março de 1990 tornou-se portador do título de Cidadão Leopoldinense, em merecida homenagem que lhe outorgou a Câmara Municipal.

Em sua longa jornada sacerdotal nesta Diocese de São Sebastião o Padre Chamel trabalhou com os 6 (seis) Bispos que passaram por Leopoldina. Gostou, indistintamente, de todos eles.

Entre os vários cargos que ocupou destacam-se os de Reitor e Ecônomo do Seminário Menor Nossa Senhora Aparecida, Professor do Seminário Menor Nossa Senhora Aparecida, Professor na Escola Estadual Professor Botelho Reis, Chanceler e Ecônomo da Diocese de Leopoldina, Pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário em Leopoldina, Pároco de Piacatuba, Administrador Paroquial das Paróquias de Angustura e de Santo Antonio do Aventureiro.

Sacerdote piedoso e culto, o Padre Chamel enfatiza que o que mais gostaria que acontecesse em Leopoldina seria ver o triunfo da mensagem de Cristo aceita como caminho natural e vida dos cidadãos e que a fé cristã pudesse ser partilhada pela maioria do povo. Eleva suas orações a Deus para que todos possam encontrar trabalho e o pão de cada dia. E que a chaga do desemprego desapareça de nossas vidas, impondo-se, sob a vontade suprema do Criador, o fim do medo, da insegurança e do egoísmo.
 
Para nós, leopoldinenses, Padre Chamel é um autêntico Padre da Igreja, no sentido que se davam àqueles grandes homens da Igreja que firmaram os conceitos da nossa fé, e enfrentam, hoje, as muitas dificuldades de um mundo em vertiginosas transformações de costumes e que se mantém fiéis e responsáveis pelo que chamamos de Tradição da Igreja.
Um mestre e um soldado da fé a reafirmar-nos a cada dia, com sua postura simples, piedosa e dedicada, as mensagens que Jesus nos legou através dos Apóstolos.
 
₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪
(Publicada no jornal LEOPOLDINENSE de dezembro de 2005)

*Mais uma contribuição do Armando Sérgio Mercadante.

GERARDO COM “R”

Na foto, eu [Anibal Werneck de Freitas] 
conversando com o Monsenhor 
Gerardo Naves na sala do Palácio 
Episcopal da Diocese de Leopoldina/MG.,
o assunto não podia ser outro, música. 
Isto aconteceu no ano de 1980.
Eu já não estava mais no seminário
e, nesta ocasião o Monsenhor me fez
uma proposta de voltar a cantar as
canções napolitanas que ele 
magistralmente me acompanhava ao piano,
hoje me arrependo de não ter aceitado 
a sua proposta.. Parece-me que ele não gostou.




O nosso companheiro Armando Mercadante nos enviou esta preciosidade extraída no blog do José do Carmo. Assim, de grão em grão vamos fazendo o pão, obrigado companheiro, Anibal.


A conversa de hoje vem lá dos anos setenta e lembra um personagem muito querido em minha terra, o saudoso Cônego Naves. Falecido em 1985, foi Cura da Catedral de Leopoldina, a cidade mineira onde nasci. Dispunha de todas as virtudes de um bom sacerdote, além de poeta e senhor de apurada cultura. Tinha lá inspirações ideológicas que às vezes irritavam os mais conservadores e costumava ser ranzinza com as noivas. Implicava demais com o tradicional atraso das “prometidas”.

No horário do casamento – valendo aí, com rigor, o que constava no convite – estacava-se, paramentado, à frente do altar e começava a conferir, nervosamente, o relógio. Se a noiva passasse da medida (medida dele) na charmosa delonga da chegada à igreja, a cerimônia podia ser declarada suspensa:

- Eu tinha, hoje, aqui, um casamento a celebrar, mas, infelizmente, o não comparecimento da noiva me obriga a agradecer a presença de todos e convidá-los para a Santa Missa a ser celebrada em seguida...
Um Deus nos acuda! Fazê-lo voltar da sacristia e retomar a cerimônia demandava esforço diplomático. Lágrimas borravam maquiagens primorosas.

Havia outra área sensível: casamento muito fashion. Ora, se noivas pobres não podiam ornamentar ricamente a igreja e entrar ao som de acordes de bom gosto, pompa e luxo deviam ser moderados também nos casamentos da classe média. Assim, coral do Conservatório, música ao vivo, mimosos arranjos de flores na (já) suntuosa Catedral, exigiam latim bem declinado para serem deferidos. Casa de Deus não é lugar de exibição.

Ecce Homo. Possuía, certamente, qualidades que excediam com sobras tais restrições. Era simpático, apesar de tudo, e pronunciava homilias talentosas que agradavam. A par da poesia acima lembrada, cultivava também certo pendor musical, que o levou a compor um belo hino de louvor a Leopoldina. Ele que nascera em São Sebastião do Paraíso.

Deixei meu interior logo após o ginásio e só pelos trinta anos estive, pessoalmente, com o Cônego Naves. Na penosa missão, aliás, de advogado de minha noiva que desejava casar-se ao som de Mozart... Ganhei a causa. Ele concordou não fazer sentido uma professora de piano caminhar, de véu e grinalda, até o altar meio a dezenas de convidados com as orelhas na posição mute.

Mas eis que, meses depois, o encontro no Rio de Janeiro, como protagonista da história que finalmente passo a contar, ocorrida no prédio do Banco do Brasil da esquina de Av. Rio Branco com Av. Presidente Vargas.

Via-me ali, certa manhã, enredado em meus misteres bancários, quando reconheci, no balcão das Ordens de Pagamento, a figura do Pe. Naves. Se querem uma ideia da pessoa, imaginem o Tancredo Neves vestido de batina. Era ele.
Já o atendia o jovem funcionário, José Breno Monteiro de Castro, também mineiro de Leopoldina – aliás, da seleta estirpe dos descendentes do Barão de Paraopeba, de Congonhas do Campo.

Por delicadeza e solidariedade conterrânea, fui apertar-lhe a mão no instante em que José Breno se oferecia a completar, para ele, o formulário.

- Oh, muito obrigado, meu filho, o remetente serei eu mesmo. Escreva aí, Gerardo Naves – Gerardo com R, por favor.

Breno estacou:
- Gerardo com R? Mas que coincidência, Cônego! Também o bispo de Leopoldina é Gerardo, com R!... O nosso querido, Dom Gerardo Ferreira Reis! (Este – anotação que faço agora – citado por Roberto Campos, no livro “A Lanterna na Popa”, como seu ex-colega no Seminário de Guaxupé, MG).

Mas seguiu o José Breno:
- Pelo visto, temos então dois Gerardos no Palácio Episcopal de Leopoldina; o Cura e o Bispo!

Aquiesceu o Cônego naquela entonação pausada e branda dos sermões de domingo:
- É verdade, meu filho. Enorme coincidência. Estamos lá, os dois “Gerardos”, no mesmo Paço Episcopal e na mesma Igreja ¬ a nossa bela Catedral de São Sebastião, sede do bispado de Leopoldina. Mas saiba que nos tornamos “Gerardos” por razões muito distintas! Muito distintas!

- O pai do Senhor Bispo foi homem ilustre, erudito, muito culto mesmo. Convencido de que Geraldo, o nome que pretendia dar ao filho, teria vindo do alemão “Gerhard”, optou pela reverência etimológica, batizando a criança como “Gerardo”.

Já o meu caso foi bem outro, meu filho, muito outro! Meu pobre pai, coitado, era um modesto tropeiro do Sul de Minas, quase iletrado, que ao dirigir-se ao Cartório do Registro Civil mal soube pronunciar corretamente o nome que escolhera para seu moleque. Seria Geraldo, mas ele pronunciou “Gerardo”, neste nosso sotaque matuto de tantas caçoadas... O escrivão, por literal deboche ou proximal incultura, assim me registrou: Gerardo, com R.

E arrematou filosófico:
- Donde eu concluo, meu filho, que em muitos casos ignorância e sabedoria se equivalem.

Sem dúvida, Cônego, sem dúvida.

SEMINÁRIO DIOCESANO N. S. APARECIDA [História]



Esta é a Igreja 
Nossa Senhora do Rosário, 
a igreja mais próxima 
ao prédio do antigo 
Seminário Menor N. S. Aparecida,
que hoje funciona como
Centro Pastoral Dom Reis.


Quando a Diocese de Leopoldina foi instituída em 28 de março de 1942, o Clero residente na Diocese recém criada era na sua quase totalidade formado no Seminário Menor e Maior de Mariana-MG. Nos anos seguintes à criação da Diocese, os seminaristas Maiores e Menores continuaram estudando em Mariana, pois nossa Diocese continuava ligada àquela Arquidiocese. Vários seminaristas foram encaminhados a Mariana em 1944, 1945 e, principalmente, em 1946, porque o Bispo Dom Delfim desejava promover um trabalho em prol das vocações sacerdotais.
Em 1944 funcionou na Diocese o pré-seminário junto à Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Muriaé, sob a direção do Padre Messias Passos. Em 1948 iniciou o Seminário Menor ou Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, sob a direção do Monsenhor Guilherme de Oliveira. Os seminaristas residiam na casa paroquial existente ao lado do Palácio Episcopal, em Leopoldina.
No ano de 1949 o Seminário passou a funcionar no novo prédio, que estava em construção; hoje Centro Pastoral Dom Reis. 
De 1949 a 1964 o Seminário teve como Reitor o Padre Antônio José Chámel; em 1965 esteve à sua frente o Cônego Vinícius Santos e Silva; de 1966 a 1967 o Padre Élcio Ferreira foi o Reitor e de 1968 a 1969 ficou sob a direção do Padre Pedro Lopes de Lima. No final de 1970 vários padres sugeriram a Dom Reis o fechamento do Seminário Menor Nossa Senhora Aparecida.
No ano de 1976 surgiu uma esperança na Diocese. Por orientações da Santa Sé, Dom Reis abriu um pequeno Seminário ao lado da residência episcopal em Leopoldina, seu Reitor foi Monsenhor Gerardo Naves, no período de 1976 a 1985, sendo posteriormente substituído pelo Monsenhor Cláudio Barros Vieira, que o dirigiu de 1985 a 1986.
Os cursos de Filosofia e Teologia aconteciam em regime de internato no Seminário da Arquidiocese de Juiz de Fora. Alguns seminaristas foram encaminhados no curso de Filosofia para o Seminário Arquidiocesano de Aparecida, em São Paulo. Em 1988, Dom Sebastião Roque foi informado pelo Reitor do Seminário Santo Antônio de Juiz de Fora de que cada Diocese deveria providenciar uma casa e um formador para seus seminaristas.
Sendo assim, durante o ano de 1989 alguns seminaristas estudaram em Belo Horizonte, morando em apartamento alugado, e outros continuaram estudando em Juiz de Fora. Naquele ano, com a transferência de Dom Sebastião Roque, foi eleito como Administrador Diocesano, o Monsenhor Waltencyr Alves Rodrigues. Um dos Conselheiros do Colégio dos Consultores propôs que a Diocese assumisse uma
paróquia em Juiz de Fora, onde o Pároco designado fosse o Reitor do Seminário. Aprovou-se esta proposta e o Reverendíssimo Padre Davi José Reis aceitou o múnus de Pároco e Formador. E, desta forma, todos os seminaristas Maiores passaram a residir em Juiz de Fora, junto à Paróquia Nossa Senhora do Rosário, e a estudar no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio.
Em maio de 1990 a Diocese recebeu o seu quarto Bispo, Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho Opraem., que decidiu transferir o Seminário para Belo Horizonte, alugando um apartamento no Bairro Dom Cabral, perto da PUC, onde os seminaristas passariam a estudar.
Foi decidido também o novo nome do Seminário, colocando-o sob a proteção de “Nossa Senhora de Guadalupe”, que teve como primeiro Reitor o Padre Paulo Arrighi Franco, posteriormente vieram os padres Jorge Luiz Passon, Padre Oliveiro Teodoro Pereira e Monsenhor Cláudio Barros Vieira. No dia 17 de julho de 1991 foi adquirida uma ampla casa no Bairro Camargos na mesma cidade, onde passaram a residir os seminaristas.
Com a transferência de Dom Ricardo, houve a eleição do novo Administrador Diocesano, sendo eleito o Padre José Alvarez Muniz. O Administrador decidiu consultar o clero sobre a possível transferência do Seminário para a cidade de Juiz de Fora. A quase totalidade do clero pronunciou-se a favor da mesma. Dom Clóvis Frainer, Arcebispo de Juiz de Fora, ofereceu em comodato, uma casa pertencente à Arquidiocese, onde o Seminário Nossa Senhora de Guadalupe se instalou por três anos, à rua Santos Dumont, Bairro Granbery, tendo como Reitores os Padres Gabriel e Luciano Bonato.
Em abril de 2000 foi adquirido um imóvel adequado às necessidades da Diocese, sendo inaugurado em 02 de março de 2001, após a reforma do mesmo. No dia da inauguração, o Bispo Dom Célio de Oliveira Goulart (ofm) deu posse ao novo Reitor do Seminário, Padre Carlos Roberto Moreira de Oliveira, que ficou na direção do Seminário até o ano de 2007. 
Em 2008 assumiu como novo Reitor o Padre Edmilson Ferreira de Souza, que permanece atualmente como Reitor. O Seminário acolhe os seminaristas Maiores que cursam Filosofia e Teologia, matriculados no CES, Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, e as aulas são ministradas no Instituto Teológico Arquidiocesano Santo Antônio (ITASA). Atualmente o Seminário possui 20 seminaristas, sendo 09 no Curso de Filosofia e 11 no Curso de Teologia. Eis um pouco de nossa história que, construída no tempo, ainda conserva com amor a vocação do Cristo que nos amou primeiro.

Seminarista João Paulo Martins da Silva - 4º. Ano do Curso de FilosofiaArtigo publicado no Jornal do Seminário NS do Guadalupe, Ano11, nº 11, dez 2011

ORATIO AD SANCTO EXPEDITO